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terça-feira, 21 de junho de 2011

Miuccia Prada ativa o kitsch norte-americano em bela coleção





De Vivienne Westwood a Calvin Klein, de Missoni a Moncler Gamme Bleu, o domingo (19.06) foi esportivo em Milão. E Miuccia Prada iludiu todo mundo que chegava ao seu desfile, no showroom/escritório da marca na cidade, com entrada e cenário recobertos por grama sintética. Futebol na pauta?
Pois, que nada. Na contramão dos grandes desfiles do dia, a Prada foi ao subúrbio dos EUA, seus churrascos de fundo de quintal e respectivos clichês. E saiu de lá (de novo) com mais uma bela coleção, que (de novo) de tão kitsch se torna altamente desejável. 
Miuccia não se apegou, desta vez, a grandes esquisitices de silhuetas ou proporções. Os ternos (de dois botões ou abotoamento duplo) são corretos, as calças são secas, os cardigãs, absolutamente comerciais, e a camisaria, aparentemente padrão. O twist da vez fica por conta das estampas - padronagens degravataria, ilustrações setentinhas e megaflorais exagerados - e dos botões de pedras bordadas nas camisas e jaquetas. 
Os momentos mais bacanas são quando a italiana mistura tudo isso em uma combinação perigosa e divertidíssima - já que seu forte é ironia. Camisas e jaquetas ganham patch de materiais (conversando até com a coleção de Neil Barrett, apresentada no dia anterior), em couro, seda e alfaiataria. As mesmas pedras recobrem os mocassins de língua larga sobre o peito do pé - as botas de caubói, pretas e curtas e discretas, são de digestão mais fácil e devem sumir das lojas no final do ano. Outro hit: as jaquetas de recheio acolchoado.



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