Arrebatamento fashion número 2 da SPFW verão 2012: Maria Bonita (o número 1 foi Reinaldo Lourenço). A perfeição do delicado X rústico impressiona mais uma vez, em um daqueles desfiles que a gente sabe que vai adorar. Ausência de costuras nas peças folgadas, como o macacão off-white com barrados coloridos e bordados estratégicos e o vestido longo com faixas transparentes indiscritivelmente na medida confirmam a excelência da Maria Bonita na "arte" da roupa "como ela é", sem artifícios industriais. É lindo o maxiblazer que vira vestido e as peças com pequenos pedaços de pano sobrando, como se fossem dobraduras geométricas. A calça é curta na modelagem do verão 2012. O efeito "pastilha" sobre tecido aparece na Maria Bonita com formas da geometria, como o quadrado (míni) e o triângulo, que fechou o desfile com vestidão deslumbrante daqueles que merecem exposição rica em espaço cultural.
A estamparia sutil faz alusão ao ponto cruz, daqueles que só as avós-ricas eram expert, sendo a técnica escolhida a chamada tela de talagarça (fino!). Chapéus de aba assimétrica são o acessório da vez, ao lado dos óculos redondinhos à moda Joh Lenon. A boca ganha atenção principal na beleza, com batom azul, amarelo e furtacor (mais de um tom no lábio). Da cartela de cores básica, com muito branco e off-white, merece destaque o amarelo mostarda e o azul. As peças com estamparia vazada, como se fossem recortes, são lindas de morrer. O desfile, sob a trilha "Navegar é preciso", com acento português, faz a gente querer navegar muito, de preferência "a bordo" das roupas.
Paula Raia nem precisaria do SPFW para fazer o lançamento de sua marca própria. A estilista, que era sócia de Fernanda de Goeye na Raia de Goeye e agora está em carreira solo, mostrou basicamente uma reedição do estilo Raia de Goeye, agora sem Goeye. As peças exibem cinturas baixas, e tecidos molengos, impondo movimento amplo ao andar e ao vestir. Muitos macaquinhos e macacões, uma série de vazados com pedacinhos ou pedações de pele à mostra, e o que não é descaradamente revelado, se exibe em transparências. A silhueta continua exigindo das clientes um corpinho de Paula Raia, que é alta, magra, elegante, e cria para suas pares, várias delas ali, presentes no jardim da casa da estilista (onde foi realizado o desfile), para aplaudir a amiga.
A Água de Coco propõe brincadeira com as formas em sua moda praia, com biquínis e maiôs assimétricos, com recortes geométricos. Na cartela, cores fortes e contrastantes, como verde, azul, pink e laranja. Florais em lápis de cor, fotografias de praias, coqueiros e quadrados coloridos fazem a estamparia típica de verão, com o dourado como cor chave dos metais que ornam fivelas, fios e outros detalhes discretos. As saídas de banho são finas e casuais, de algodão. O biquíni prioriza a calcinha mais larga, com laterais torcidas. Há também sobreposição de tecidos em camadas e drapeados. Nas costas, superdecotes nos maiôs, a peça que chama a atenção no verão 2012.
Tecnicas artesanais e ilustrações dos anos 20 marcam o desfile da estilista Priscilla Darolt. Formas simples, retas e alongadas são as propostas da estilista, com vestidos, macacões, pantalonas, casacos e saias, feitos de tecidos tenológicos e alfaiataria manual. Destaque para o uso de seda rústica, com tingimento de carvão ou riscas de fios torcidos de lurex. Lindos os vestidos com bordados de canutilhos, numa brincadeira de mostrar e esconder a pele. Pontos também para macacões e pantalonas com pregas e lado de tops com ar masculino. Nas cartela de cores, preto-fosco (apagadinho), cinza e amarelo.
O verão que a Cia Marítima resolveu propor tem um problema cronológico: está, pelo menos, uma temporada atrasado. Onça com tie dye? Ninguém aguenta mais ver onça pela frente nem agora, imagine daqui a seis meses. A confusão é generalizada. O mix de estampas é equivocado, e os elementos de bordados dourados só fazem pesar ainda mais. Aquela estética poderosas do convés, na Cia Marítima, não convence. Os biquínis são grandes demais para ir à praia, e sem requinte para circular nos iates. Não vão a lugar algum. Os maiôs também chegam sem identidade, como o de onça com vivo cor de rosa e repleto de tiras na barriga. Não, né? A estampa com a carinha da Barbie também parece desnecessária para uma marca do porte da Cia. Marítima. O casting, sempre impactante, desta vez também veio com bonitas do calibre da russa Valentina Zeliaeva. E Isabeli Fontana, que fechou o desfile com um maiô equívoco completo, com estampa exagerada e com detalhes de canutilho dourado.
Tecnicas artesanais e ilustrações dos anos 20 marcam o desfile da estilista Priscilla Darolt. Formas simples, retas e alongadas são as propostas da estilista, com vestidos, macacões, pantalonas, casacos e saias, feitos de tecidos tenológicos e alfaiataria manual. Destaque para o uso de seda rústica, com tingimento de carvão ou riscas de fios torcidos de lurex. Lindos os vestidos com bordados de canutilhos, numa brincadeira de mostrar e esconder a pele. Pontos também para macacões e pantalonas com pregas e lado de tops com ar masculino. Nas cartela de cores, preto-fosco (apagadinho), cinza e amarelo.
O verão que a Cia Marítima resolveu propor tem um problema cronológico: está, pelo menos, uma temporada atrasado. Onça com tie dye? Ninguém aguenta mais ver onça pela frente nem agora, imagine daqui a seis meses. A confusão é generalizada. O mix de estampas é equivocado, e os elementos de bordados dourados só fazem pesar ainda mais. Aquela estética poderosas do convés, na Cia Marítima, não convence. Os biquínis são grandes demais para ir à praia, e sem requinte para circular nos iates. Não vão a lugar algum. Os maiôs também chegam sem identidade, como o de onça com vivo cor de rosa e repleto de tiras na barriga. Não, né? A estampa com a carinha da Barbie também parece desnecessária para uma marca do porte da Cia. Marítima. O casting, sempre impactante, desta vez também veio com bonitas do calibre da russa Valentina Zeliaeva. E Isabeli Fontana, que fechou o desfile com um maiô equívoco completo, com estampa exagerada e com detalhes de canutilho dourado.
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